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Estudo feito no final do módulo 2 (12/2020) do bootcamp Alura de data science aplicada

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Prevenção da tuberculose: relaxar é perder

Neste trabalho estudou-se os números de casos de tuberculose - doença infectocontagiosa que ataca principalmente os pulmões - nas diferentes UFs das regiões do Brasil, ao mesmo tempo que foi observada a cobertura vacinal da BCG (Bacilo Calmette-Guérin), que é a vacina contra a tuberculose, nas diferentes UFs.

Foram utilizadas 4 diferentes base de dados:

  • Base de dados da população, por ano e UF (IBGE);
  • Base de dados de casos de tuberculose confirmados, por ano e UF (DATASUS);
  • Base de dados de nascimentos vivos, por ano e UF (DATASUS);
  • Base de dados de doses aplicadas de BCG, por ano e UF (DATASUS);

O período do estudo foi de 2001 a 2019 (para os casos de tuberculose por 100 mil habitantes) e de 2001 a 2018 (para a cobertura vacinal da BCG).

Ao longo do trabalho foram realizados 3 blocos de análises, que culminaram nas conclusões abaixo:

  • De modo geral, todas as UFs apresentaram cobertura vacinal da BCG acima da meta (às vezes até muito acima) durante o período estudado.

  • Entretanto, também para quase todas as UFs, foram observadas quedas nas coberturas vacinais durante as décadas de 2000 e 2010.

    • Cobertura vacinal da região Sudeste:

  • Ao longo da década de 2000 observou-se, também de modo geral, forte queda no número de casos de tuberculose por 100 mil habitantes. Tal queda possivelmente é fruto de campanhas de vacinação em décadas passadas.

  • Já na década de 2010, a taxa de queda no número de casos de tuberculose perdeu força - ou até mesmo foi revertida para aumento de casos a cada 100 mil habitantes (por exemplo, nas UFs de RJ e SP).

    • Casos de turbeculose por 100 mil habitantes no Sudeste:

  • Diante do exposto, nota-se que enquanto os números de casos nas diferentes UFs caíam, também caíam as coberturas vacinais, possivelmente devido à sensação de segurança em relação à doença.

  • Registra-se especial preocupação quanto aos cenários a médio e longo prazo, principalmente nas UFs que ainda não interromperam a série de quedas nas taxas de coberturas vacinais, ao mesmo tempo que enfrentam consecutivos aumentos do número de casos de tuberculose por 100 mil habitantes, como por exemplo PA e AM.

    • Casos por 100 mil habitantes e cobertura vacinal no Norte:

Por fim, é importante lembrar dos nossos semelhantes que sucumbiram à esta doença, isolados dos familiares e amigos, em sanatórios (quando haviam vagas), com a total incerteza do futuro. Todo esse exaustivo processo foi trocado pela prevenção por meio da simples aplicação de vacina, facilmente obtida nos dias atuais, fruto de muito estudo e ciência nas décadas passadas. Ignorar este legado e não vacinar é, além de desrespeito à própria história, perder a oportunidade de viver melhor.

Sobre a tuberculose

A tuberculose é uma doença infectocontagiosa causada pelo Mycobacterium tuberculosis ou pelo Bacilo de Koch. Ela ataca mais comumente os pulmões, mas pode também causar infecções nos ossos, rins e meninges (as membranas que envolvem o cérebro).

A transmissão da tuberculose ocorre pelo meio aéreo, pessoa a pessoa, portanto aglomerações são a principal fonte de transmissão.

Algumas das consequências da doença são tosse seca, emagrecimento, falta de apetite e eliminação de sangue pela tosse, além de poder levar a óbito.

No panorama mundial, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), ainda hoje a tuberculose está entre as dez maiores causas de morte no mundo, atingindo 10 milhões de casos por ano e mais de 1,5 milhão de óbitos.

O melhor combate à tuberculose é pela prevenção. A vacina BCG, administrada logo após o nascimento, nos protege de formas mais graves da doença; a meta federal para esta vacina é aplicar em mais de 90% da população-alvo.

Uma vez adquirida a doença, o tratamento é a base de antibióticos e outros medicamentos e é bastante demorado, levando cerca de 6 meses até a completa recuperação.

Antes da vacinação e dos antibióticos, até a década de 1940, o tratamento era basicamente repouso e boa alimentação nos chamados sanatórios.

Um desses sanatórios foi idealizado por Vicentina de Queiroz Aranha, esposa do senador Olavo Egídio, que atuava no combate à doença. Mesmo após sua morte, em 1916, sua campanha prosseguiu e culminou na construção do sanatório Vicentina Aranha em São José dos Campos (SP). As obras iniciaram em 1918 e ele foi inaugurado em 1924, entrando em funcionamento mesmo antes de estar concluído, devido ao crescente número de casos. Os pacientes ficavam anos morando no sanatório, longe de seus familiares, até adquirir sua completa cura.

A escolha da cidade se deu devido ao clima, considerado ideal para o tratamento da doença.

Com o desenvolvimento de antibióticos na década de 1950, o tratamento tornou-se mais simples e não mais necessitava o isolamento em sanatórios. O paciente podia ser tratado em sua própria casa. Portanto, as estruturas dos complexos sanatoriais passaram a ser desnecessárias e pouco a pouco foram loteadas, dando origem à edifícios comerciais e residênciais. Mas foi apenas no início da década de 1980 que o sanatório encerrou suas atividades após o último paciente receber alta.

Atualmente é um agradável parque, cuja memória é preservada e respeitada.


Fonte: http://resgatandocidades.com/brasil/sp/saojosedoscampos/vicentina-aranha/

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